O dia a dia da comunicação corporativa poderia ser igual aos cenários utópicos dos teóricos e cientistas. Mas, não é. Pensar e fazer a comunicação nas organizações nos moldes ideais é um enorme desafio, reservado a profissionais com alto nível de insistência e dedicação para defender suas percepções diante daqueles que têm o poder de decisão em mãos.
Quem não chega ao local de trabalho e se depara com uma lista de tarefas? Senão estruturada, ela sempre existe. Afinal, a função pela qual fomos contratados nos remete a diversas responsabilidades, sejam pequenas ou grandes, importantes ou genéricas. Por trás dessa realidade, existe um espaço que irei chamar de atmosfera profissional onde, na maioria das vezes, reside a motivação em buscarmos melhores performances. Os objetivos de médio e longo prazo, desejos de consumo, a vontade de ocupar cargos maiores, a missão, os valores, enfim, tudo o que nos dá força para vencer a rotina faz parte dessa atmosfera.
A leitura é uma prática que está no nosso dia a dia e não se limite aos momentos prazerosos de quando paramos tudo para nos transportarmos mentalmente a outras realidades, com as mãos firmes e olhos fixos em um livro, seja ele físico ou digital. O contato com a comunicação escrita é constante e atualmente é maior ainda na atual era da informação. O simples navegar pelas mídias sociais, por exemplo, pode se tornar em um significativo exercício de leitura.
A Comunicação perpassa por todas as áreas de conhecimento. Afinal, é por meio dela que os saberes são transmitidos e perpetuados. No sentido inverso, a contribuição também pode ser efetiva. A gestão dos processos de Comunicação ganha visibilidade nas atuais organizações ao contar com técnicas e ferramentas oriundas de outros campos. Isso porque as expectativas das empresas cada vez mais estão provocando mudanças na maneira de se executar e apresentar resultados.
Tenho observado um movimento interessante que, por vezes, me assusta. Quem sabe, isso seja reflexo da minha percepção de mercado.
No Estado do Pará, ainda são poucos os profissionais que atuam como coaches, apesar dos esforços que escolas de todo o Brasil despendem para trazer até nós uma formação de qualidade. Minha reflexão é justamente apoiada nesse déficit entre capacitados versus atuantes.
Nossos dias são formados por um aglomerado de decisões, boas ou impensáveis. Junto ao trivial, algumas exigem um pouco mais de nossa capacidade de análise. Os temas que envolvem aspectos sociais, políticos e filosóficos estão entre os que rendem maiores especulações, achismo e superficialidade. Porém, poucos são aqueles que respeitam a própria ignorância.
Comunicar é uma habilidade inata do ser humano. Há quem explore essa arte e a transforme em ciência e profissão.
Reconhecer a eficiência das técnicas e tecnologias de comunicação não requer muitos argumentos, mas numa era em que muitos acham que sabem de tudo pela simples disponibilização de informações na internet, é cada vez mais difícil convencer sobre as especificidades profissionais de quem escolheu se especializar nesse campo apaixonante e, igualmente, desafiador.
O esforço é sempre maior quando iniciamos algo. Textos, projetos, viagens, a carreira profissional, a academia ou um curso de inglês. Tudo tem um começo e aqui não seria diferente.